domingo, 29 de novembro de 2015

Cientistas do Brasil viram animações

http://timfazciencia.com.br/para-saber-mais/cientistas-do-brasil-viram-animacoes/



Você consegue lembrar de cabeça o nome de algum cientista brasileiro? Se você teve dificuldade para responder essa pergunta, não está sozinho. Na pesquisa “Percepção Pública da C&T no Brasil 2015”, realizada pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, só 6% dos entrevistados conseguiram lembrar o nome de um cientista brasileiro. Por isso, a nossa dica de hoje é bem interessante para quem quer conhecer mais sobre alguns brasileiros tão importantes para a ciência.
O Canal Futura, em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi), criou uma série de animações chamada “Um cientista, uma história”. Serão 30 episódios, cada um contando a história, o trabalho e curiosidades de grandes cientistas aqui do Brasil. Já foram lançados nove episódios até agora, todos com cerca de 5 minutos e com uma linguagem simples, voltados para todas as idades.
Você vai saber como o médico mineiro Carlos Chagas usou a observação e a classificação para ajudar a identificar e a combater diversas doenças.

E que a descoberta de como surgem as supernovas – uma das fases da vida de uma estrela – foi feita pelo físico pernambucano Mário Schenberg, em parceria com o físico russo George Gamow.

Foi graças a outro médico mineiro, Vital Brazil, que a produção do soro antiofídico (contra venenos de cobras) foi aprimorada, salvando milhões de vidas em todo o mundo.

Essas são apenas algumas das histórias incríveis apresentadas pela série. Você pode assisti-la de duas formas: no Canal Futura, às segundas e quintas-feiras às 20h, ou no canal do Sesi no YouTube, que publica dois novos episódios por semana.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Mutilação genital feminina é proibida na Gâmbia

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/11/mutilacao-genital-feminina-e-proibida-na-gambia.html

24/11/2015 22h31 - Atualizado em 24/11/2015 22h31

Mutilação genital feminina é proibida na Gâmbia

Presidente afirmou que prática não foi ditada pelo Islã e deve ser abolida.
Proibição tem efeito imediato e visa 'proteção das meninas', diz ministro.

Da France Presse

O presidente da Gâmbia, Yahya Jammeh, decretou a proibição da mutilação genital, com efeito imediato, observando que esta prática generalizada no país não foi ditada pelo Islã e deve, portanto, ser abolida - anunciou nesta terça-feira (24) o ministro da Informação.
O presidente Jammeh "declarou há alguns minutos que a mutilação sexual feminina (excisão) está proibida com efeito imediato", escreveu o ministro Sherrif Bojang em sua página no Facebook.
"O presidente fez a declaração durante uma reunião em Kanilai", sua região natal, sob os aplausos das mulheres na plateia, contou o ministro, entrevistado pela AFP.
A medida visa a "proteção das meninas", garantiu Bojang, ressaltando que o chefe de estado tomou a decisão pela ausência de justificativa religiosa desta prática no Islã.
Jammeh alertou que os pais e as autoridades locais que não respeitarem a interdição sofrerão sanções.
Segundo os comentaristas, as penas devem ser alinhadas àquelas previstas pela lei em casos de lesão intencional.
O jornal britânico "The Guardian", que lançou em 2014 uma campanha mundial contra a mutilação genital em cooperação com o Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP) e um prêmio de reportagens sobre a excisão na África em 2015, citou nesta terça-feira a reação entusiasta de uma militante pelo fim desta prática na Gâmbia.
"Estou realmente impressionada que o presidente tenha feito isso. Não esperava por essa medida nem em um milhão de anos", declarou Jaha Dukureh ao jornal, dizendo-se "orgulhosa de seu país".
Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a Gâmbia é um dos dez países, todos africanos, onde a mutilação genital é mais praticada, atingindo cerca de três quartos da população feminina.
Alçado ao poder através de um golpe de estado sem derramamento de sangue em 1994 e constantemente reeleito desde 1996, Yahya Jammeh conduz com mão de ferro a Gâmbia, um pequeno país anglófono do Oeste Africano encravado no território do Senegal, para além da sua costa atlântica.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Reino Unido alerta sobre risco para a saúde associado a alimentos torrados

http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/11/reino-unido-alerta-sobre-risco-para-saude-associado-alimentos-torrados.html

18/11/2015 05h00 - Atualizado em 18/11/2015 11h57

Reino Unido alerta sobre risco para a saúde associado a alimentos torrados

Acrilamida se forma em certos alimentos em preparo em altas temperaturas.
Batata assada e pão torrado são alguns dos que contêm substância.

Do G1, em São Paulo
Relatório científico divulgado por agência do Reino Unido alerta para os riscos do consumo excessivo de acrilamida, presente em torradas, batatas assadas e outros alimentos ricos em amido submetidos a altas temperaturas (Foto:  Reprodução/Flicker/Uwe Schubert)Relatório científico divulgado por agência do Reino Unido alerta para os riscos do consumo excessivo de acrilamida, presente em torradas, batatas assadas e outros alimentos ricos em amido submetidos a altas temperaturas (Foto: Reprodução/Flicker/Uwe Schubert)










O consumo excessivo de alimentos ricos em amido preparados em altas temperaturas, como torrada ou batata assada, pode trazer riscos para a saúde. Isso porque, durante seu preparo, uma reação química leva à formação da substância acrilamida, que já foi associada ao aumento de risco de câncer e danos ao sistema nervoso e reprodutivo.
Um relatório científico publicado pela Agência de Normas Alimentares do Reino Unido (FSA) no início do mês chamou a atenção para esses riscos e recomendou estratégias para evitar a formação da substância durante o preparo dos alimentos.
Provavelmente carcinogênicos
A acrilamida faz parte da lista de produtos provavelmente carcinogênicos para humanos estabelecida pela Agência Internacional de Pesquisa do Câncer (Iarc) da Organização Mundial da Saúde (OMS). Esta é a mesma categoria em que a carne vermelha passou a ser enquadradarecentemente.
Os efeitos nocivos da substância foram verificados em testes com animais e em laboratório. Segundo a FSA, o efeito nos humanos depende da quantidade do produto ingerida.
Torradas, batatas assadas e cereais
A acrilamida pode aparecer em torradas, pães e biscoitos crocantes, batatas assadas ou fritas, cereais, além de café. Geralmente, a cor escurecida típica de alimentos torrados indica a presença de acrilamida.
A agência enfatiza que não recomenda que as pessoas parem de comer qualquer alimento específico, mas sugere algumas medidas para limitar a formação de acrilamida durante o preparo de comidas:
- Ao fritar batatas em casa, elas devem ser retiradas do óleo quando tiverem uma cor levemente dourada
- Ao fazer torradas, retire-as do calor quando ainda estiverem com uma cor clara
- Instruções de fabricantes sobre como fritar ou aquecer alimentos devem ser seguidas com cuidado

El Niño ganha força e será um dos três piores da história, afirma ONU

http://g1.globo.com/natureza/noticia/2015/11/el-nino-ganha-forca-e-sera-um-dos-tres-piores-da-historia-afirma-onu2.html

18/11/2015 10h03 - Atualizado em 18/11/2015 10h04

El Niño ganha força e será um dos três piores da história, afirma ONU

Organização Meteorológica Mundial alerta para ondas de calor e tempestades.
Somado a mudança climática, evento leva planeta a 'território desconhecido'.

Da Reuters
Faixa vermelha mostra desvio de temperaturas médias no Pacífico, ilustrando o El Niño (Foto: NOAA)Faixa vermelha mostra desvio de temperaturas médias no Pacífico, ilustrando o El Niño (Foto: NOAA)














O fenômeno El Niño, o superaquecimento das águas de superfície do Pacífico, deve se fortalecer ainda mais antes do fim do ano e se tornar um dos mais intensos já registrados, afirma a OMM (Organização Meteorológica Mundial).
Por ser conectado ao clima global -- associado a secas, tempestades e inundações em outros lugares -- essa anomalia causa preocupação. O atual El Niño já é o mais forte registrado nos últimos 15 anos, e segundo os meteorologistas já está "forte e maduro" em novembro.
O El Niño é causado por uma desaceleração dos ventos alísios, que sopram na direção oeste perto do equador. Na falta de algo que transporte o calor na direção do Índico, as águas do Pacífico ficam cozinhando ao sol, sem se moverem muito, e acabam mais quentes.
Desta vez, a média de temperatura ao longo de três meses já está 2°C acima do normal. Isso põe o El Niño atual já no mesmo patamar que os de 1972/73, de 1982/83 e de 1997/98
“Agora achamos que ele realmente vai ser um dos três mais fortes já registrados, senão um dos dois mais fortes, mas ainda não sabemos”, disse ontem Michel Jarraud, secretário-geral da OMM, que é um braço da ONU (Organização das Nações Unidas).
Território desconhecido
Segundo a entidade, o mundo está mais bem preparado para enfrentar esse El Niño do que em anos anteriores, e os países mais afetados já estão se antecipando a possíveis impactos na agricultura, nos recursos pesqueiros, na água e na saúde. Planos de gerenciamento de desastres estão sendo renovados.
"Apesar disso, o evento atual está ocorrendo em território desconhecido", afirmou Jarraud. "Nosso planeta se alterou drasticamente por causa da mudança climática, a tendência geral a oceanos mais quentes, a perda de gelo marinho ártico e mais de 1 milhão de km² de cobertura de neve de verão no hemisfério norte."
"Esse El Niño, que é um fenômeno natural, e a mudança climática, alimentada por humanos, vão interagir e modificar um ao outro de maneiras que nunca experimentamos", afirmou. "Mesmo antes do início do El Niño, temperaturas médias de superfície na Terra já estavam batendo recordes. O El Niño está elevando o calor ainda mais."
Previsão do tempo
Ondas de calor serão mais quentes e mais frequentes e mais lugares ficarão sob risco de inundação, disse Jarraud, enquanto as tempestades mais severas -- como furacões de categorias 4 e 5 -- poderão ocorrer com mais frequência.
Além disso, o aumento do nível do mar significa que tsunamis e ressacas terão mais alcance e infligir mais dano quando atingirem a terra, afirmou Jarraud.
As condições do El Niño em geral atingem força máxima entre outubro e janeiro e persistem pela maior parte do primeiro trimestre do ano, mas neste ano pode ser diferente.
"Antecipamos que o El Niño terá pico dentro dos próximos meses e, progressivamente -- quando entrarmos em maio, junho e julho, quando entrarmos n segundo trimestre --, entrará em condições mais neutras" afirmou Jarraud.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

As 20 melhores músicas para acordar, segundo o Spotify e a ciência

http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/11/20-melhores-musicas-para-acordar-segundo-o-spotify-e-ciencia.html

10/11/2015 05h00 - Atualizado em 10/11/2015 09h58

As 20 melhores músicas para acordar, segundo o Spotify e a ciência

Estudo de acadêmico de Cambridge elege canção do grupo Coldplay como a mais capaz de espantar mau humor matinal e energizar ouvintes para batalha do dia a dia.

Da BBC
O público delira quando a banda toca Viva La Vida (Foto: Flavio Moraes/G1)Música Viva La Vida, do Coldplay, é a melhor para acordar, segundo estudo
de Cambridge (Foto: Flavio Moraes/G1)


















Há canções que são melhores do que outras para levantarmos da cama motivados e com energia. Pelo menos é o que diz a ciência.
E, aparentemente, a melhor delas é Viva la Vida, da banda britânica Coldplay. Esta é a conclusão do psicólogo David Greenberg, da Universidade de Cambridge, após a realização de um estudo em colaboração com a Spotify, a empresa por trás do aplicativo de música digital.
Greenberg afirma que o uso de músicas "adequadas" pode garantir um despertar menos sofrido.
"Para a maioria de nós, é uma luta passar do mau humor para um estado de otimismo. Uma música energética como Viva la Vida pode ajudar alguém a obter energia para o resto do dia".
Para a maioria de nós, é uma luta passar do mau humor para um estado de otimismo. Uma música energética como Viva la Vida pode ajudar alguém a obter energia para o resto do dia"
David Greenberg, psicólogo da
Universidade de Cambridge
De acordo com o estudo, os acordes e o ritmo da canção do Coldplay a tornam ideal para despertar. E Greenberg menciona especificamente a terceira e quarta estrofe da canção, dizendo que os trechos têm influência especial sobre o comportamento de quem ouve.
O psicólogo preparou uma lista de 20 músicas que supostamente têm os ingredientes necessários para que comecemos o dia de bom humor. E o repertório inclui faixas para lá de variadas. De bandas indie como o grupo canadense Arcade Fire a Lovely Day, canção de Bill Withers de 1977.
Todas têm letras em inglês, com palavras positivas, e são em andamentos mais rápidos, de 100 a 130 batidas por minuto, além de seguirem arranjos com crescendo (que aumenta pouco a pouco), o qual produz, segundo Greenberg, um efeito motivador.
"A música não serve apenas para entreter, é algo que adentra nossa psiquê e nosso cérebro. Quanto mais estudamos a música, mais descobrimos o papel que teve no jogo evolutivo, em termos de comunicação e interação social", explica.
Veja a lista das 20 canções

1. Coldplay - Viva La Vida
2. St. Lucia - Elevate
3. Macklemore & Ryan Lewis - Downtown
4. Bill Withers - Lovely Day
5. Avicii - Wake Me Up
6. Pentatonix - Can't Sleep Love
7. Demi Lovato - Confident
8. Arcade Fire - Wake Up
9. Hailee Steinfeld - Love Myself
10. Sam Smith - Money On My Mind
11. Esperanza Spalding - I Can't Help It
12. John Newman - Come and Get It
13. Felix Jaehn - Ain’t Nobody (Loves Me Better)
14. Mark Ronson - Feel Right
15. Clean Bandit - Rather Be
16. Katrina & The Waves - Walking on Sunshine
17. Imagine Dragons - On Top of the World
18. MisterWives - Reflections
19. Carly Rae Jepsen - Warm Blood
20. iLoveMemphis - Hit The Quan

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Revista Nature abre todos os seus artigos para visualização online

https://catracalivre.com.br/geral/web-educacao/indicacao/revista-nature-abre-todos-os-seus-artigos-para-visualizacao-online

Revista Nature abre todos os seus artigos para visualização online


REDAÇÃO EM 

A revista científica Nature está disponibilizando seus artigos gratuitamente para compartilhamento e leitura online. De acordo com um comunicado oficial da revista, os conteúdos publicados desde 1869 serão fornecidos para assinantes e alguns meios de comunicação em um formato que possam ser lidos, mas não copiados.
Os leitores da prestigiada revista terão a oportunidade de compartilhar links de uma versão apenas para leitura em PDF, disponibilizados pela plataforma ReadCube.
Com a iniciativa, a revista pretende incentivar o envolvimento do público com a ciência. Os conteúdos podem ser baixados para consulta local, offline, usando o próprio software da ReadCube.
Mais informações estão disponíveis no site oficial da revista.
Com informações do IdeaFixa.

domingo, 8 de novembro de 2015

Dez perguntas de ciência que as crianças fazem - e os adultos não sabem responder

http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/11/dez-perguntas-de-ciencia-que-as-criancas-fazem-e-os-adultos-nao-sabem-responder.html

08/11/2015 17h25 - Atualizado em 08/11/2015 17h25

Dez perguntas de ciência que as crianças fazem - e os adultos não sabem responder

Segundo pesquisa feita no Reino Unido, a maioria dos pais usa artimanhas para fugir das pequenas mentes inquisidoras.

Da BBC
Questionamentos feitos por crianças podem assustar, mas não são tão complexos assim... (Foto: Thinkstock/ BBC)Questionamentos feitos por crianças podem assustar, mas não são tão
complexos assim... (Foto: Thinkstock/ BBC)


















Há uma pergunta básica que a maioria dos pais teme: como nascem os bebês? Talvez por isso, muitos se preparam para respondê-la anos antes de as crianças estarem preparadas para fazê-la.
Mas essa é apenas uma das milhares de dúvidas que intrigam os pequenos.
E quando as perguntas são sobre temas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática, 83% dos pais não têm a mais remota ideia do que dizer, segundo uma pesquisa feita pelo IET (Instituto de Engenharia e Tecnologia) no Reino Unido com mais de mil pessoas com filhos de 4 a 12 anos.
As questões que esses pais dizem não ter conseguido responder não são necessariamente profundas, mas sim básicas, como "por que o céu é azul" ou "por que os gatos têm rabo e os peixes, pestanas".
Desconhecer a resposta é só uma parte do problema: dois terços dos entrevistados reconheceram ter respondido de forma errada para não admitir sua ignorância sobre o tema.
E 61% disseram ter usado artimanhas para se esquivar dessas pequenas mentes inquisidoras.
O conselho de Naomi Climer, presidente do IET, é que os pais devem admitir o que não sabem e procurar a resposta para a questão com a ajuda da criança.
“Os pais precisam saber que é perfeitamente legítimo dizer: 'não sei, que boa pergunta, vejamos se podemos encontrar a resposta'.”
Confira a seguir as dez questões mais comuns que os pais britânicos disseram não saber responder – e as respostas para elas:
1. O que é a fotossíntese?
É o processo pelo qual as plantas verdes e alguns organismos usam a luz do sol para transformar o CO2 e a água em açúcares e oxigênio.
2. Como o universo pode ser infinito?
O universo pode ser infinito, mas nós podemos ver apenas uma parte finita dele por causa da velocidade da luz.
Em outras palavras, só podemos ver aquelas partes cuja luz teve tempo de chegar até nós desde o início do Universo. Quer dizer: em teoria não podemos ver nada mais do que um universo esférico com um raio de aproximadamente 15 bilhões de anos-luz.
O que está mais distante que isso não chegou até nós.
3. Por que o Sol é tão grande e não há humanos vivendo ali?
Ele não é tão grande: é muito menor que a maioria das estrelas que podemos ver no céu. Mas, viver ali? Impossível: nós morreríamos de calor.
4. Por que o Sol brilha?
A enorme pressão em seu centro faz com que os átomos de hidrogênio se transformem em hélio, num processo chamado fusão nuclear.
Essa fusão ocorre quando os elementos mais leves são forçados a ficar juntos para se transformar em elementos mais pesados.
Quando isso acontece, é criada uma quantidade enorme de energia.
5. Como as estrelas chegaram ao céu?
Elas entraram em colapso sob sua própria gravidade a partir das grandes nuvens de gás deixadas pelo Big Bang.
6. Por que a Lua não cai?
A verdade é que ela cai em direção à Terra, por causa da força da gravidade.
Mas, como faz isso de forma contínua e sua velocidade é muito grande, ela consegue seguir a curvatura da Terra e, assim, nunca se choca com nosso planeta.
7. Por que o céu é azul?
A luz que vem do Sol entra na atmosfera e se dispersa em todas as direções.
Como tem um comprimento de onda mais curto, a luz azul se dispersa mais do que a roxa e a amarela, dando a impressão de que ocupa todo o céu.
8. Quem inventou os computadores?
É difícil dizer com exatidão. Poderíamos afirmar que foram Charles Babbage e Ada Lovelace no século 19 – uma máquina de latão criada por eles era quase, digamos, uma calculadora. Ou poderíamos dizer que foram Alan Turing e John von Neumann, que criaram as primeiras máquinas eletrônicas.
Enfim, foi um trabalho de muita gente!
9. Os tijolos são de um material feito pelo homem?
O ingrediente, a argila, é natural, mas o tijolo é fabricado pelo homem.
10. Quantos tipos de dinossauro existiram?
Estima-se que houve entre 700 e 900 espécies de dinossauros.
Mas, como os paleontólogos encontram novos fósseis a todo momento, é difícil saber. Talvez ainda haja muitas a descobrir.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

A cidade onde os pobres pagam dez vezes mais pela água

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/11/a-cidade-onde-os-pobres-pagam-dez-vezes-mais-pela-agua.html

BBC
02/11/2015 09h29 - Atualizado em 02/11/2015 09h29

A cidade onde os pobres pagam dez vezes mais pela água

Em Lima, capital do Peru, famílias mais pobres sofrem com escassez do líquido; moradores dizem deixar de comprar produtos essenciais para pagar pela água.

John MervinDa BBC

 Lydia Sevillano diz deixar de comprar produtos essenciais para poder pagar pela água que consome  (Foto: BBC)Lydia Sevillano diz deixar de comprar produtos essenciais para poder
pagar pela água que consome (Foto: BBC)















Um dos mais cruéis paradoxos da desigualdade social em Lima, capital do Peru, se materializa no custo de um bem precioso: os pobres chegam a pagar dez vezes mais do que os ricos pela água.
Um simples passeio pelo bairro de Nueva Rinconada reflete tal abismo. Trata-se de um subúrbio pobre, localizado em uma das colinas da cidade.
Ali, Lydia Sevillano e seus vizinhos pagam o equivalente a cerca de US$ 25 (R$ 96) por mês pela água que consomem.
O assunto ganhou destaque por causa das reuniões anuais do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Mundial, realizadas recentemente na capital peruana.
Coincidentemente, um dos temas principais desses encontros é a desigualdade.
Em Lima, ela se evidencia pelo custo que as famílias de diferentes estratos sociais têm de pagar para ter acesso à água.
A água que a família de Lydia usa, por exemplo, não vem da bica.
Ela é trazida por um caminhão-pipa diariamente e abastece cisternas de plástico do lado de fora da pequena casa que abriga a família.
Escolha
Lydia admite deixar de comprar outros produtos essenciais para poder pagar pela água.
 Quem mora ladeira acima paga mais pela água  (Foto: BBC)Quem mora ladeira acima paga mais pela água (Foto: BBC)














"Temos que economizar tudo o que podemos", diz ela. "Mesmo que precisemos cortar a comida de meus filhos, porque não podemos viver sem água".
A poucos metros rua acima, as casas também abrigam famílias numerosas, mas usam materiais de construção ainda mais frágeis.
Ali a mesma água custa três vezes mais do que Lydia paga na base da ladeira.
O custo extra é fruto da falta de infraestrutura. Como o caminhão de água demora mais tempo para subir a ladeira ─ que não é asfaltada -, o preço da água sobe.
Para evitar ter de pagar mais pelo mesmo bem, a peruana Flor Quinteros, assim como seus vizinhos, carrega rua acima os próprios galões de água.
A ONG britânica Oxfam calcula que uma pessoa pobre em Lima pague dez vezes mais pela água do que alguém que vive em uma zona abastada.
Mas não se trata apenas de uma questão financeira.
Além de pagar mais caro pela água, os moradores têm de carregá-la elas próprias e vertê-la nas cisternas, que devem estar sempre limpas para evitar contaminação.
 ONG britânica calcula que uma pessoa pobre em Lima paga dez vezes mais pela água do que quem vive em zona abastada  (Foto: BBC)ONG britânica calcula que uma pessoa pobre em Lima paga dez vezes
mais pela água do que quem vive em zona abastada (Foto: BBC)















Por fim, há o tempo gasto esperando a chegada dos caminhões-pipa - tempo este que poderia ser usado para buscar trabalho, por exemplo.
O custo também se reflete nos problemas de saúde resultantes da água contaminada, armazenada às vezes em recipientes mal higienizados.
As doenças são rotineiras em Nueva Rinconada. Ali os moradores também estão acostumados com deslizamentos de terra causados por terremotos ou tempestades severas.
Nesses casos, paradoxalmente, a água em excesso transforma o bairro em um imenso lamaçal.
'Muro da vergonha'
Na parte superior da colina, ergue-se o símbolo máximo da desigualdade social de Lima: um muro de três metros de altura com cerca de arame farpado.
A estrutura foi construída de propósito ─ evitar que Lydia, Flor e suas famílias passem para o bairro do outro lado da pequena montanha.
Por causa disso, foi apelidado de "muro da vergonha".
Casuarianas, o bairro do outro lado do muro, é naturalmente um lugar muito diferente.
Ali não há pobreza, mas casas bem construídas com água corrente e vista para o mar.
E a água que sai da bica? É barata e suficientemente abundante para encher centenas de piscinas do bairro.
Mais abaixo, no centro da cidade, os participantes dos encontros anuais do FMI e do Banco Mundial permanecem reunidos.
Nos últimos anos, ambas as organizações vêm destacando o efeito negativo da desigualdade de renda para as economias nacionais.
E a prova irrefutável disso está logo acima, nas colinas que cercam a cidade.
 'Muro da vergonha' separa bairro pobre de rico em Lima, no Peru  (Foto: BBC)'Muro da vergonha' separa bairro pobre de rico em Lima, no Peru
(Foto: BBC
)