sábado, 27 de setembro de 2014

O pênis pode "quebrar" quando está duro?

http://mundoestranho.abril.com.br/materia/o-penis-pode-quebrar-quando-esta-duro?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_super
O pênis pode "quebrar" quando está duro?


Quebrar literalmente não, pois o bilau não tem osso. Mas é quase isso. Se o pênis duro for dobrado ou envergado, pode ocorrer a fratura dos corpos cavernosos - duas cavidades localizadas nas laterais do pênis que se enchem de sangue durante a ereção. "Durante a fratura, ocorre o rompimento de uma membrana relativamente elástica que envolve os corpos cavernosos", afirma o urologista Paulo Rocha, da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba (PR). O pênis, quando flácido, pode ser entortado, virado e torcido. Mas ereto, ele é pouco flexível e, portanto, sujeito a choques que podem romper a tal membrana. "Quando ela arrebenta, o sujeito pode até ouvir um estalo", diz o médico. O estrago é feio. Em pouco tempo, o pênis - e às vezes também o saco - fica roxo devido à hemorragia interna causada pelo rompimento da membrana. Depois de um ou dois dias, o coitado pode ficar preto. "Essa é a evolução natural da cor do sangue sob a pele", afirma Paulo. A boa notícia é que, nos dias seguintes, a membrana quase sempre cicatriza sozinha. Mas sexo de novo, só depois de um mês.
Cacetada infelizAcidente acontece se o cara errar a mira e bater o bilau em algo duro
1 - Pois é, meu companheiro: a "fratura biláusica" pode acontecer em várias situações. Por exemplo, durante o rala-e-rola, quando o homem tira o pênis duro da vagina e tenta uma nova penetração, o pinto pode entortar bruscamente se topar com algum obstáculo, como a coxa ou a virilha da moça
2 - Na hora da trombada, a túnica albugínea — membrana que envolve os corpos cavernosos — se rompe. Apesar do incômodo (as vítimas dizem que a dor não é tão grande), dá até para continuar a transa até o fim, mas o ideal é segurar a onda e tomar logo as primeiras providências
3 - Após a fratura, o sangue que estava represado nos corpos cavernosos vaza e se infiltra sob a pele, do púbis até o saco. Forma-se, então, uma hemorragia interna. Quando o pênis amolece, o vazamento dá uma trégua, mas o "documento" começa a ficar roxo devido ao acúmulo de sangue
O REMÉDIO
Aplicar gelo no local ajuda a estancar o sangramento interno e desinchar o dito-cujo. Em geral, a membrana cicatriza com abstinência sexual por, pelo menos, um mês. Quando o dano é maior, pode ser preciso abrir o amigão para drenar o excesso de sangue. Uma pancada muito forte pode encurvar o pênis para sempre ou comprometer o mecanismo de ereção. Mas essas seqüelas são muito raras

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Estudo supõe que metade da água da Terra seja mais antiga que o Sol

http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/09/estudo-supoe-que-metade-da-agua-do-planeta-seja-mais-antiga-que-o-sol.html

25/09/2014 18h34 - Atualizado em 25/09/2014 22h03

Estudo supõe que metade da água da Terra seja mais antiga que o Sol

Água consumida hoje teria cerca de um milhão de anos a mais do que o Sol.
Descobertas aumentam possibilidade de que exista vida fora da Via Láctea.

Da France Presse
 Ilustração mostra a sequência da água ao longo do tempo, começando na nuvem (antes da formação do Sol), viajando pelos estágios da formação estelar e finalmente sendo incorporada no sistema planetário (Foto: Bill Saxton, NSF/AUI/NRAO)Ilustração mostra a sequência da água ao longo do tempo, começando
na nuvem (antes da formação do Sol), viajando pelos estágios da formação
estelar e finalmente sendo incorporada no sistema planetário
(Foto: Bill Saxton, NSF/AUI/NRAO)




















Um estudo apresentado nesta quinta-feira (25) indica que metade da água do planeta talvez seja mais antiga do que o Sistema Solar, o que aumenta a possibilidade de existir vida fora de nossa galáxia, a Via Láctea.
Utilizando um sofisticado modelo que permite simular as fórmulas químicas entre as moléculas de água formadas no Sistema Solar e as que existiam antes, os pesquisadores da Universidade de Exeter, na Inglaterra, descobriram que entre 30% e 50% da água consumida hoje em dia é cerca de um milhão de anos mais antiga do que o Sol.
O trabalho, divulgado na revista americana "Science", vai alimentar o debate sobre se as moléculas de gelo de água nos cometas e nos oceanos se formaram no disco de gás e poeira ao redor do jovem Sol há 4,6 bilhões de anos, ou se provêm de uma nuvem interestelar mais antiga.
"Determinando agora a parte antiga da procedência da água na Terra, podemos ver que o processo de formação de nosso Sistema Solar não foi único e que, portanto, os exoplanetas podem se formar nesses ambientes onde a água é abundante", explicou Tim Harries, do Departamento de Física e Astronomia da universidade britânica e um dos autores da pesquisa.
Levando-se em consideração que a água é um elemento crucial para o desenvolvimento da vida na Terra, os resultados deste estudo podem sugerir que a vida existe em outro lugar mais além da nossa galáxia, ressaltaram os cientistas.
"Trata-se de um passo importante em nossa busca para saber se a vida existe em outros planetas", afirmou Harries.
Os resultados "aumentam a possibilidade de que alguns planetas fora de nosso Sistema Solar (exoplanetas) contem com as condições propícias e recursos de água que permitam a existência de vida e sua evolução", afirmou.

Para conter ebola, Cuba enviará mais 296 profissionais para Libéria e Guiné

http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/09/para-conter-ebola-cuba-enviara-mais-296-profissionais-para-liberia-e-guine.html

26/09/2014 08h29 - Atualizado em 26/09/2014 08h29

Para conter ebola, Cuba enviará mais 296 profissionais para Libéria e Guiné

Anúncio foi feito pelo governo em programa de televisivo.
Total de enviados para tratar epidemia na África foi de 165 para 461.

Do G1, em São Paulo
V2 - Entenda o ebola e suas consequências (Foto: G1)
O governo de Cuba anunciou nesta quinta-feira (25) o aumento de sua cooperação médica contra o ebola na África, ao ampliar de 165 para 461 o número de médicos e enfermeiros enviados para combater essa epidemia em Serra Leoa, na Libéria e na República da Guiné.
"Na Unidade Central de Colaboração Médica (de Havana), nesse momento, estão sendo preparados 461 voluntários", incluindo os "165 médicos e enfermeiros que viajarão para Serra Leoa", disse a diretora desse centro, Regla Angulo, em um programa da televisão cubana dedicado ao ebola.
Regla Angulo destacou que "as brigadas (médicas cubanas) estarão presentes em três dos países afetados (pelo Ebola): Serra Leoa, Guiné Conacri (República da Guiné) e Libéria".
Até agora, as autoridades cubanas haviam informado apenas o envio de um contingente de 165 médicos e enfermeiros para Serra Leoa, respondendo a um pedido da diretora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, e do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
Os profissionais de saúde estão recebendo um intenso treinamento no Instituto de Medicina Tropical Pedro Kourí (IPK), de Havana (IPK), onde foi instalado um hospital de campanha similar ao que encontrarão nos países africanos.
Balanço da OMS
O alastramento exponencial do surto de ebola, que agora já matou quase 3 mil pessoas no oeste da África, parece ter se estabilizado na Guiné, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) em seu balanço mais recente.
Segundo a agência da ONU, 2.917 pessoas morreram de ebola dentre 6.263 casos em cinco países do oeste africano afetados pela doença, até 21 de setembro. Mas uma calamitosa falta de leitos e a resistência de comunidades em algumas áreas contribuem para que a doença continue se espalhando, ao passo que os esforços para coletar mais dados revelam gradualmente uma epidemia ainda mais mortal do que parecia inicialmente.

Previsão de novas infecções
Mais cedo nesta semana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que o total de infecções pode chegar a 20 mil até novembro, meses antes que o previsto anteriormente. O Centro para Prevenção e Controle de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês) afirmou que entre 550 mil e 1,4 milhão de pessoas podem ser infectadas na região até janeiro se nada for feito.

O Banco Mundial anunciou na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) que dará US$ 170 milhões adicionais para reforçar a mão de obra e os sistemas de saúde em Guiné, Libéria e Serra Leoa. A entidade já havia aprovado US$ 230 milhões para estes países.

A presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, disse na reunião, por vídeoconferência, que seu país pode estar enfrentando seu maior desafio, enquanto o mundo levou algum tempo para poder responder adequadamente: “estamos reagindo”. O presidente de Serra Leoa, Ernest Bai Koroma, também apelou por mais ajuda internacional.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

O que acontece quando você mistura 200 litros de Coca e 2 kg de mentos na banheira?

Cinco pontos sobre o 'crack'

http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/2014/318/cinco-pontos-sobre-o-crack

Cinco pontos sobre o 'crack'

Acompanhamento de usuários nas cidades de São Paulo e Campinas ao longo de três anos leva pesquisadora a abordar o consumo da droga sob diferentes aspectos, o que pode contribuir para o debate público sobre o tema.
Por: Taniele Rui
Publicado em 18/09/2014 | Atualizado em 18/09/2014
Cinco pontos sobre o 'crack'
A experiência do consumo de 'crack' não pode ser explicada unicamente pelas propriedades químicas da substância, mas seus efeitos sobre o organismo não devem também ser negados. (foto: Marco Gomes)
O primeiro ponto a ser ressaltado é o de que a compreensão da experiência do consumo de crack não pode ser explicada unicamente pelas propriedades químicas da substância ou, usando os termos de Maurício Fiore, em tese recente sobre uso de drogas, pelos seus “agenciamentos avassaladores” sobre o organismo humano. Mas eles não devem também ser negados.
Para uma perspectiva mais complexa e inter-relacionada sobre o assunto, é preciso observar como esses efeitos continuamente repetitivos se ligam à produção de traços, expressões, marcações e comportamentos corporais específicos (ou seja, corporalidades), e como essas corporalidades só podem ser entendidas à luz de toda uma trama social bem mais ampla. Uma trama que envolve pessoas, substâncias, sensações, instituições, disputas políticas e terapêuticas, objetos, ideias e espaços.
É  ainda pouco útil querer saber ‘por que’ as pessoas usam ‘crack’ ou ‘por que’ se dirigem para espaços como as chamadas ‘cracolândias’
Nessa mesma direção, é ainda pouco útil querer saber ‘por que’ as pessoas usam crackou ‘por que’ se dirigem para espaços como as chamadas ‘cracolândias’, uma vez que os motivos que fazem alguém começar a usarcrack ou se dirigir para tais espaços – territorialidades – não são os mesmos que o fazem continuar. Mais proveitoso, portanto, é indagar ‘como’, ‘com quem’ e ‘de que modo’ as pessoas estabelecem relações com a substância e com os espaços, pois nesses cenários elas têm que criar e contar com estratégias de uso e com aproximações conjunturais. Essas estratégias e aproximações são necessárias, no limite, para a manutenção da vida – o que torna o ‘problema docrack’ algo muito mais complicado. 
Ao fim dessa argumentação, porém, é preciso dar um passo atrás e recordar que, seja qual for o envolvimento de alguém com o crack, esse envolvimento é sempre situacional e variável ao longo de uma trajetória específica, bem como do contato com uma rede de outros usuários. Lembrar, sobretudo, que esse consumo, no fundo e no fim das contas, revela apenas uma face – pequena – de tudo aquilo que uma pessoa é.

Impactos políticos 

crack não teve só efeitos negativos. A fala pública em torno de uma ascensão do consumo e dos consumidores da droga no Brasil – que, entretanto, não se configura uma epidemia – impulsionou a criação e reestruturação de recentes políticas de saúde pública no país, especialmente as específicas sobre drogas.
Crack
O crack não teve só efeitos negativos. A fala pública em torno da ascensão do consumo da droga no país impulsionou a criação e reestruturação de recentes políticas de saúde pública, especialmente aquelas sobre drogas. (foto: Marco Gomes)
Entre 2004 e 2005, o próprio texto da política do Ministério da Saúde reconhecia o “atraso histórico” do Sistema Único de Saúde (SUS) em se posicionar sobre a questão do consumo de drogas. Mas, a partir de 2009, quando começa a aumentar a veiculação de notícias sobre crack, surge um enfoque crescente na estruturação de uma rede de serviços públicos para tratar a questão, incorporando inclusive a abordagem de redução de danos (a oferta de orientações e cuidados de saúde, sem repressão, ancorada na defesa de direitos humanos), pelos Centros de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas (CAPSads). 
É visível a efervescência das discussões sobre internações involuntárias e compulsórias, aliada ao fortalecimento econômico e político das comunidades terapêuticas
Nesse período, há o fortalecimento das equipes de consultório de rua, bem como a elaboração de distintos planos integrados e intersetoriais. A posição oposta também ganha relevo: é visível a efervescência das discussões sobre internações involuntárias e compulsórias, aliada ao fortalecimento econômico e político das comunidades terapêuticas.
O que se extrai disso, portanto, é que a ampla exposição em torno do crack contribuiu para acirrar as disputas públicas sobre os modelos de tratamento para a dependência química e para gerar um emaranhado de instituições e atores cujos conflitos por recursos, poder, legitimidade e terapêutica têm movimentado, e muito, a cena pública contemporânea. Se há nisso embates, há também efeitos políticos significativos, dos quais o principal é o fato de que o uso de drogas foi, em definitivo, assumido como uma “questão de saúde pública”.
Você leu apenas o início do artigo publicado na CH 318. Clique aqui para acessar uma versão parcial da revista e ler o texto completo.

Taniele Rui
Drugs, Security and Democracy Fellowship (programa de pós-doutorado)
Social Science Research Council (Estados Unidos)
Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Por que sentimos um choque ao bater o cotovelo?

Por que sentimos um choque ao bater o cotovelo?

Um momento inoportuno, um simples descuido e aquela batidinha no cotovelo pode se transformar em uma dor insuportável que mais se parece com um choque. Mas, afinal, por que uma pancada tão leviana é capaz de causar uma espécie de descarga elétrica no braço?



O traumatologista e ortopedista Osvaldo André Serafini, do Hospital São Lucas, ligado à Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), explica que a batida acontece na maioria das vezes na região interna do cotovelo, onde geralmente nos apoiamos. "Quando ocorre, o nervo chamado de ulnar produz uma descarga elétrica que é sentida no quarto e quinto dedo da mão, como se a gente ligasse uma tomada e acendesse a luz", informa.
De acordo com o especialista, o ulnar está localizado em uma zona superficial sem músculos de proteção e suscetível à batidas, tendo sobre ele somente tecidos subcutâneos e a pele. "Por isso que a dor ganha maiores proporções na região e o tradicional 'amor de sogra' causa tamanho horror", brinca o traumatologista.
Para completar, Serafini lembrou que a parestesia - sensações cutâneas subjetivas, como frio, calor e formigamento - é outro fator que provoca o choque. "A parestesia seria a permanência da compressão no nervo que faz com que a ponta do dedo adormeça, diminuindo a sensabilidade da mão", finaliza.
Portanto, cuide-se bem ao apoiar o corpo sobre a mesa porque ninguém está livre do temido choque no cotovelo.

http://super.abril.com.br/saude/relacao-bater-cotovelo-sensacao-choque-eletrico-438963.shtml
Perguntas Superintrigantes

Cotovelo

por Fabrício Beltrami

Por que, quando batemos o cotovelo, temos a sensação de um choque elétrico?
O choque do cotovelo é um engano dos sentidos, conhecido como parestesia, que pode simular também picadas, queimaduras e outras sensações não causadas por estímulos externo. Na região do cotovelo encontra-se o nervo ulnar, que fica muito exposto e por isso é fácil tocá-lo diretamente. A função dos nervos é transmitir mensagens, traduzindo sensações percebidas pelos receptores sensoriais (de tato, temperatura, dor etc.), através de impulsos elétricos. Para cada sensação existe um padrão – um código – de descarga elétrica de milésimos de volt. Ao ser estimulado diretamente o nervo ulnar, no caso se uma pancada, a descarga liberada – a mensagem enviada ao cérebro – é do mesmo padrão da descarga que codifica um choque elétrico.

Chimpanzé é violento por natureza, diz estudo

Chimpanzé é violento por natureza, diz estudo

Pesquisa com 15 comunidades em diferentes países revela guerras e assassinatos entre os animais

por 


Minha fama de mais: macho da comunidade Kasekela
Foto: Divulgação/Ian Gilby

RIO - Engana-se quem pensa que o chimpanzé é um animal inocente e que só mostra os dentes quando ele e seu habitat são cutucados pelo homem. Um estudo publicado, nesta quinta-feira, na revista “Nature” revela que sua violência é intrínseca. Pela primeira vez, uma espécie não humana é associada a comportamentos agressivos deliberados.

Quinze comunidades em diversos países, como Uganda, Congo e Senegal, foram monitoradas por 50 anos. Nesse período foram registrados 152 assassinatos, a maioria de machos, e inúmeras guerras.
Diversos motivos justificam os assassinatos dentro de uma mesma comunidade - disputa por melhores territórios, alimentos e a posição de macho alfa. Mas as fêmeas podem contribuir com a guerra, matando filhotes das “rivais”.
- Há muito tempo sabemos que os chimpanzés podem agir violentamente, mas pensávamos que isso ocorria apenas quando existe uma ação humana, como a destruição do habitat - disse ao GLOBO Michael Wilson, professor do Departamento de Antropologia da Universidade de Minnesota (EUA) e coautor do estudo, que envolveu instituições de nove países. - Na verdade, existe uma intensa competição por recursos dentro da comunidade, o que estimula matanças.

MAIS MACHOS, MAS ATAQUES
Quanto maior a quantidade de machos na comunidade, maiores são os registros de violência.
O levantamento comparou o comportamento agressivo dos chimpanzés com o dos bonobos, outra espécie de primatas. Entre estes, praticamente não existe violência: em 50 anos, os pesquisadores registraram apenas um assassinato.
Ainda não sabe por que os primatas têm comportamentos tão diferentes.
- Uma das razões pode ser o espaço ocupado por cada espécie - opinou Wilson. - Os bonobos estão em florestas com muitos alimentos, o que lhes permite viajar por grandes distâncias e manter grupos estáveis dentro da comunidade.
É uma situação diferente da vivida pelos chimpanzés, principalmente no Leste da África. Nessa região, a escassez de alimentos os força a viajarem sós. Dessa forma, ficam vulneráveis a ataques de outros indivíduos.
Especialista em ecologia comportamental, Joan Silk, que não participou do estudo, acredita que o levantamento derruba a imagem dos chimpanzés como animais gentis e meras vítimas da fúria humana.

- Nossa percepção do comportamento dos primatas é, muitas vezes, distorcida para que eles apareçam como animais de características moralmente desejáveis, como empatia e altruísmo - conta Joan, que é pesquisadora da Universidade do Arizona, nos EUA. — Outros traços, como a violência em grupo e a coação sexual, costumam ser ignorados.
Para Wilson, a agressividade natural entre os chimpanzés, nossos “primos” mais próximos, pode contribuir para o estudo da violência humana:
- Os próximos estudos serão uma grande oportunidade para analisarmos nossa agressividade a partir de uma perspectiva evolucionária. Estudando o chimpanzé, poderemos saber mais sobre o comportamento violento da nossa própria espécie.


Read more: http://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/chimpanze-violento-por-natureza-diz-estudo-13968866#ixzz3E3LxnHaD

Doença que afeta crescimento faz chinesa de 17 anos ter apenas 80 cm

http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/09/doenca-que-afeta-crescimento-faz-chinesa-de-17-anos-ter-apenas-80-cm.html

22/09/2014 08h13 - Atualizado em 22/09/2014 08h13

Doença que afeta crescimento faz chinesa de 17 anos ter apenas 80 cm

Segundo sua família, jovem parou de crescer aos 3 anos.
Chinesa tem mucopolissacaridose, que afeta a produção de enzimas.

Da Reuters
Uma doença conhecida como mucopolissacaridose, causada pela inabilidade do corpo de produzir algumas enzimas específicas, fez com que a jovem chinesa Zhang Huimin tivesse seu crescimento afetado. Aos 17 anos, ela tem apenas 80 centímetros de altura.
Segundo sua família, a menina parou de crescer aos 3 anos de idade. Além disso, ela não consegue ficar de pé sozinha após ter sofrido uma queda de uma escada aos 10 anos.
Zhang Huimin, de 17 anos (à esquerda), é vista ao lado de menino. Ela sofre de uma doença genética que afetou seu crescimento (Foto: William Hong/Reuters)Zhang Huimin, de 17 anos (à esquerda), é vista ao lado de menino.
Ela sofre de uma doença genética que afetou seu crescimento
(Foto: William Hong/Reuters)

Europeus 'surgiram a partir de três tribos'

http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/09/europeus-surgiram-partir-de-tres-tribos.html

21/09/2014 13h59 - Atualizado em 21/09/2014 13h59

Europeus 'surgiram a partir de três tribos'

Pesquisa com DNA mostrou como homem europeu moderno surgiu após encontro de tribos de fazendeiros e caçadores.

Da BBC
Desenho feito por artista mostra como era o caçador de pele morena e olhos azuis (Foto: BBC)Desenho feito por artista mostra como era o caçador de pele morena e
olhos azuis (Foto: BBC)















O europeu moderno teve origem a partir da mistura, ao longo dos últimos 7 mil anos, de apenas três tribos da antiguidade, segundo um estudo publicado na revista "Nature".
A principal miscigenação partiu do encontro de uma tribo de caçadores de pele morena e olhos azuis com outra vinda do Oriente e formada por fazendeiros de pele clara e olhos castanhos.
Uma terceira tribo de características siberianas também contribuiu para a formação da genética europeia moderna.
A pesquisa foi feita a partir da análise do genoma dos restos de nove europeus que viveram na antiguidade.
Caçadores
A agricultura surgiu no Oriente, em território hoje formado pela Síria, o Iraque e Israel, antes de se expandir para a Europa há cerca de 7,5 mil anos.
Evidências apontavam que este novo estilo de vida havia se espalhado pelo continente com a chegada de imigrantes, que tiveram filhos com integrantes de tribos europeias de caçadores com os quais encontraram em seu caminho migratório.
Mas as crenças sobre a origem europeia tinham como base os padrões genéticos de pessoas vivas. A análise do DNA de ossos antigos testou estas teorias e trouxe algumas surpresas.
O DNA contém instruções bioquímicas para a construção do organismo humano e se encontra no núcleo de nossas células.
No novo estudo, David Reich e seus colegas da Escola de Medicina de Harvard estudaram o genoma de sete caçadores da Escandinávia, de um outro caçador cujos restos mortais foram encontrados em uma caverna em Luxemburgo e de um fazendeiro de Stuttgart, na Alemanha.
Os caçadores chegaram à Europa milhares de anos antes do surgimento da agricultura, se abrigaram no sul do continente durante a Era do Gelo e se espalharam no período conhecido como Mesolítico, depois que as camadas de gelo derreteram no norte e no centro da Europa.
O genoma do grupo não corresponde ao de nenhuma população moderna, o que indica que ele se perdeu com a evolução humana, na transição para uma sociedade baseada na agricultura.
No entanto, seus genes sobrevivem no DNA de europeus modernos, principalmente naqueles que vivem no norte e no leste do continente.
O genoma do fazendeiro de Stuttgart tinha um padrão completamente diferente, compatível com o da população atual da ilha da Sardenha, na Itália, e era bem diferente do genoma dos caçadores antigos.
Mas, apesar dos fazendeiros da antiguidade compartilharem algumas similaridades genéticas com populações atuais do Oriente, também há diferenças significativas.
Reich sugere que migrações mais recentes à "terra natal" dos fazendeiros podem ter diluído seu material genético nesta região.
Os genes responsáveis pela pigmentação dos olhos e da pele de caçadores e fazendeiros mostra que, enquanto o cabelo escuro, os olhos castanhos e a pele alva dos fazendeiros antigos não seria algo estranho nos dias de hoje, os caçadores se destacariam na multidão.
"Eles tinham uma combinação de pele escura e olhos azuis que não existe mais nos dias de hoje", disse Reich à BBC.
Carles Lalueza-Fox, do Instituto de Biologia Evolucionária em Barcelona, na Espanha, disse que a pesquisa contraria as noções atuais destas populações antigas.
"As reconstruções das populações mesolíticas sempre as mostraram com pele alva. E os fazendeiros às vezes aperecem com pele escura. Esse estudo mostra que era o contrário."
Pele clara
Então, de onde veio a pigmentação mais clara dos europeus de hoje? Provavelmente os fazendeiros tinham um gene de pele mais clara que persiste até hoje.
"Existe um argumento que diz que a pele clara é mais vantajosa para quem realiza agricultura, porque estas pessoas precisam produzir vitamina D, enquanto os caçadores conseguem esta vitamina de sua comida", diz Reich.
"Uma vez que o caçador se torna agricultor, ele não tem mais tanto acesso a esse tipo de vitamina, então, existe uma seleção natural que 'clareia' a pele da população."
Quando os pesquisadores analisaram o DNA de 2.345 pessoas dos dias de hoje, eles descobriram que uma terceira população influenciou na complexidade genética dos europeus modernos.
Essa tribo "adicional" é a mais enigmática e, de forma surpreendente, tem relações com os nativos da América.
Pistas deste grupo surgiram na análise do genoma europeu há dois anos. Chamados de "eurasianos do norte", este grupo permaneceu como uma "população fantasma" até 2013, quando cientistas publicaram o genoma de um garoto que viveu há 24 mil anos na Sibéria.
Esse indivíduo tinha similaridades genéticas tanto com europeus quanto com nativos americanos, o que sugere que ele fazia parte de uma população que havia contribuído para a migração rumo ao Novo Mundo há 15 mil anos e depois para a Europa.
O caçador antigo de Luxemburgo e o fazendeiro da Alemanha não exibem sinais de miscigenação com esta população, implicando que este terceiro ancestral foi adicionado à mistura continental depois que a agricultura já havia se estabelecido na Europa.
O estudo também revelou que os primeiros fazendeiros e seus descendentes europeus têm como ancestrais uma linhagem antiga conhecida "eurasianos basais". Este grupo representa a primeira separação ocorrida entre os humanos que deixaram a África há 60 mil anos.

domingo, 21 de setembro de 2014

Medicina dividida em especialidades deve se reintegrar, diz Nobel

http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/09/medicina-dividida-em-especialidades-deve-ser-reintegrar-diz-nobel.html

20/09/2014 14h08 - Atualizado em 21/09/2014 08h13

Medicina dividida em especialidades deve se reintegrar, diz Nobel

Sydney Brenner, prêmio Nobel em 2002, participou de evento em SP.
'Pessoas devem assumir mais responsabilidade pela sua saúde', diz nobel.

Mariana LenharoDo G1, em São Paulo
Sydney Brenner, prêmio Nobel em 2002, participa de evento em São Paulo neste sábado (20) (Foto: Patrícia Sobrinho/Hospital Israelita Albert Einstein)Sydney Brenner, prêmio Nobel em 2002, participa de evento em São Paulo
neste sábado (20) (Foto: Patrícia Sobrinho/Hospital Israelita Albert Einstein)

















Para o prêmio Nobel de Medicina Sydney Brenner, é preciso lutar contra a divisão rígida da medicina em especialidades. O cientista sul-africano falou sobre o assunto em sua apresentação no 1º Fórum Medicina do Amanhã, que acontece nesta sexta-feira (19) e sábado (20) no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
“A pesquisa em medicina se tornou totalmente fragmentada em especialidades. Se você vai ver um médico a respeito do seu pulmão, ele não está interessado em seus rins, ou em seu coração. Muitas pessoas querem saber: ‘Quem está me tratando, eu, que sou o paciente?’”, disse Brenner. “Então eu acho que a maioria das coisas tem que ser reintegradas, acima de todas as especialidades que existem e de todas as restrições impostas por sindicatos. Acho que vamos precisar muito mais do tipo de medicina praticado antigamente.”
Brenner foi laureado com o prêmio Nobel de 2002 por seu trabalho relacionado à regulação genética do desenvolvimento dos órgãos e no processo de morte celular.
Revolução em pesquisa
Uma das maiores revoluções na pesquisa biomédica, para Brenner, é a habilidade que se desenvolveu de transformar células de qualquer ser humano em células que têm o potencial de se tornar muitas outras células do organismo: as chamadas células-tronco pluripotentes induzidas. “Pode-se pegar um paciente, pegar suas células e torna-las células pluripotentes. Agora estamos começando a aprender a transformá-la em células específicas diferenciadas do organismo.”
Ter à disposição essas células pluripotentes de um paciente amplia as oportunidades de fazer análises profundas sobre doenças que atingem diferentes órgãos do corpo. “Temos uma oportunidade notável de enriquecer o campo da biologia humana e entender a saúde, a doença e todas as outras coisas.”
Da beira do leito para a bancada
Para Brenner, o modo como se faz pesquisa biomédica geralmente, buscando formas de aplicar os conhecimentos adquirido nas bancadas de pesquisa prática clínica, não é a forma ideal de resolver os principais problemas da área. “Temos que mudar toda a direção disso e, em vez de ir da bancada para o leito, temos que ir do leito para a bancada. A pessoa que está no leito tem um problema que pode ser resolvido pela ciência. A medicina não pode ser a aplicação da ciência, mas a ciência em si mesma.”
Responsabilidade pela saúde
Apesar do otimismo em relação ao progresso da medicina, Brenner observa que o conhecimento também tem limitações e que as pessoas devem assumir uma responsabilidade maior em relação à sua própria saúde, prevenindo o surgimento de doenças. “Hoje o homem comum pensa que pode fazer qualquer coisa que quiser, comer o que quiser, assistir TV o quanto quiser, e se qualquer coisa acontecer, a medicina tem que salvá-lo com uma pílula” diz. “As pessoas têm que assumir mais responsabilidade por sua saúde. Coisas muito importantes como o estilo de vida terão que se tornar parte da educação das pessoas que estão vivendo nas sociedades completamente artificiais que temos hoje.”