quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Radiografia revela Bob Esponja no esôfago de garoto de 1 ano

http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/01/radiografia-revela-bob-esponja-no-esofago-de-garoto-de-1-ano.html

27/01/2015 12h10 - Atualizado em 27/01/2015 12h43

Radiografia revela Bob Esponja no esôfago de garoto de 1 ano

Menino engoliu pingente da irmã que tinha o formato do personagem.
Objeto foi retirado sem complicações e garoto passa bem.

Do G1, em São Paulo
Raio-X mostrou pingente de Bob Esponja no esôfago de garoto de 1 ano (Foto: Cortesia/Ghofran Ageely/Radiopaedia.org)Raio-X mostrou pingente de Bob Esponja no esôfago de garoto de 1 ano
(Foto: Cortesia/Ghofran Ageely/Radiopaedia.org)


















Médicos da Arábia Saudita se surpreenderam ao examinar um raio-X de um garoto de 1 ano e 4 meses que aparentemente tinha se engasgado com um objeto. Um Bob Esponja pôde ser visto com riqueza de detalhes no esôfago do paciente. O objeto foi retirado pelos médicos sem complicações e o garoto passa bem.
Detalhes mostra Bob Esponja na radiografia (Foto: Cortesia/Ghofran Ageely/Radiopaedia.org)Detalhe mostra Bob Esponja na radiografia (Foto:
Cortesia/Ghofran Ageely/Radiopaedia.org)
O personagem de desenho animado era, na verdade, um pingente que pertencia à irmã mais velha do menino, contou ao site "LiveScience" a médica Ghofran Ageely, do Hospital Universitário Rei Abdulaziz, em Jeddah, na Arábia Saudita.
A médica conta que o primeiro raio-X, tirado do corpo de lado, mostrou um pequeno objeto que os médicos pensaram ser um grampo ou outro acessório de cabelo.
A radiografia frontal, porém, mostrava claramente do que se tratava: "'Bob Esponja', eu gritei! Fiquei impressionada com os detalhes visíveis. Você podia ver as sardas, sapatos e dedos. Incrível", escreveu Ghofran em um e-mail ao "LiveScience". Ela conta que os médicos tiraram o pingente do esôfago do garoto e o liberaram para ir para casa no mesmo dia.

domingo, 18 de janeiro de 2015

Memória funciona melhor com olhos fechados, diz estudo

http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/01/memoria-funciona-melhor-com-olhos-fechados-diz-estudo.html

16/01/2015 10h04 - Atualizado em 16/01/2015 10h06

Memória funciona melhor com olhos fechados, diz estudo

Pesquisadores da Universidade de Surrey dizem que empatia com entrevistador também ajuda a lembrar fatos com mais precisão.

Da BBC
Voluntários que mantiveram os olhos fechados conseguiram lembrar de fatos com mais precisão (Foto: Thinkstock/BBC)Voluntários que mantiveram os olhos fechados conseguiram lembrar de
fatos com mais precisão (Foto: Thinkstock/BBC)







Fechar os olhos na hora de pensar aumenta as chances de lembrar fatos com precisão, de acordo com pesquisadores da Universidade de Surrey.
Os cientistas testaram a capacidade das pessoas de lembrar de detalhes de filmes que mostram cenas de crimes falsos.
Eles esperam que os estudos ajudem testemunhas a relatar detalhes com mais precisão quando interrogadas pela polícia.
Os pesquisadores dizem que estabelecer algum tipo de relação com a pessoa que faz as perguntas também podem ajudar a melhorar a memória.
Sem distração
Em artigo na revista "Legal and Criminological Psychology", os cientistas testaram 178 participantes em dois experimentos separados.
Na primeira, eles pediram aos voluntários para assistir a um filme que mostra um eletricista entrando numa propriedade, fazendo seu trabalho e, em seguida, roubando uma série de itens.
Os voluntários foram então divididos em quatro grupos e questionados. Uma parte foi entrevistada de olhos abertos e a outra de olhos fechados.
Também houve duas abordagens diferentes por parte da pessoa que fazia as perguntas: em um grupo, o entrevistador não tentou criar nenhum tipo de empatia com o entrevistado; em outro grupo, o pesquisador se apresentou e tentou criar uma relação amigável antes de começar a fazer as perguntas.
As pessoas que tinham alguma relação com o entrevistador e mantiveram os olhos fechados durante todo o interrogatório responderam a três quartos (75%) das 17 perguntas corretamente.
Mas aqueles que não foram apresentados ao entrevistador e tinham os olhos abertos responderam a apenas 41% corretamente.
A análise mostrou que fechar os olhos teve um impacto maior na tentativa de lembrar detalhes corretamente, mas que se sentir confortável durante a entrevista também ajudou.
No segundo experimento, os pesquisadores questionaram os voluntários sobre uma cena de crime simulada.
Lembrança pelo som
"Nossos dados e outros dados que temos indicam que fechar os olhos ajuda porque diminui a distração", disse o pesquisador chefe, Robert Nash.
"Fechar os olhos também pode ajudar as pessoas a visualizar detalhes do evento que estão tentando lembrar, mas nossa segunda experiência sugere que manter os olhos fechados pode ajudar a focar em informações de áudio também.
"Os mecanismos que identificamos se aplicam a outros contextos, como por exemplo tentar lembrar detalhes de uma aula."
"Isso contribui para o crescente número de pesquisas que indicam que o fechamento dos olhos pode ser uma técnica útil se usada pela polícia", disse Tim Hollins, da Universidade de Plymouth, que não teve participação no estudo.
"A outra coisa boa deste trabalho é que eles observaram também a construção de uma relação com o entrevistador também. Estes dados mostram o benefício de fechar os olhos e construir uma relação se somam em vez de se anular, como algumas pessoas pensavam."

Cientistas buscam fazer pele e ossos com células-tronco e impressora 3D

http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/01/cientistas-buscam-fazer-pele-e-ossos-com-celulas-tronco-e-impressora-3d.html

18/01/2015 06h00 - Atualizado em 18/01/2015 06h00

Cientistas buscam fazer pele e ossos com células-tronco e impressora 3D

Técnica também envolve substância sintética parecida com colágeno.
Testes clínicos de pele artificial devem começar em três anos.

Da France Presse
Tsuyoshi Takado, professor da Universidade de Tóquio, mostra orelha artificial, feita em impressora 3D em seu laboratório (Foto:  AFP Photo/Yoshikazu Tsuno)Tsuyoshi Takado, professor da Universidade de Tóquio, mostra orelha artificial,
 feita em impressora 3D em seu laboratório (Foto: AFP Photo/Yoshikazu Tsuno)


















Cientistas japoneses dizem que estão a caminho de encontrar uma forma de criar pele, ossos e articulações usando uma impressora 3D. Vários grupos de pesquisadores ao redor do mundo têm desenvolvido pequenas massas de tecido para implantes. Mas agora os japoneses estão procurando dar o próximo passo e fazê-las totalmente funcionais.
Tsuyoshi Takato, professor da Universidade de Tóquio, diz que sua equipe tem trabalhado para criar "uma bio-impressoa 3D de última geração", que poderia reunir finas camadas de biomateral para formar partes do corpo sob medida.
Sua equipe combina células-tronco, capazes de se transformar em qualquer tecido do corpo, e proteínas que estimulam o crescimento, assim como substâncias sintéticas similares ao colágeno humano.
Expectativa é que testes com pele feita com impressora 3D seja testada em três anos; detalhe mostra orelha feita com técnica 3D (Foto: AFP Photo/Yoshikazu Tsuno)Expectativa é que testes com pele feita com
impressora 3D seja testada em três anos; detalhe
mostra orelha feita com técnica 3D
(Foto: AFP Photo/Yoshikazu Tsuno)
Usando uma impressora 3D, eles estão trabalhando em "mimetizar a estrutura de órgãos", como a superfície dura e o interior esponjoso dos ossos, diz Takato.
Em apenas algumas horas, a impressora seria capaz de criar um implante usando dados de uma tomografia computadorizada. Esses implantes se encaixariam perfeitamente no corpo e poderiam rapidamente ser assimilados pelos tecidos e outros órgãos do paciente, disse o cirurgião plástico.
"Geralmente pegamos cartilagem ou osso do próprio corpo do paciente (para implantes normais), mas esses implantes feitos sob medida significarão não ter que remover essa fonte de material", disse Takato.
A tecnologia também fornece esperança para crianças que nascem com problemas de cartilagem ou ossos. Para elas, implantes sintéticos não são adequados por causa do crescimento rápido de seu corpo.
Desafio: calor danifica células
O principal desafio é o calor gerado por impressoras 3D convencionais, que danifica células vivas e proteínas.
"Não descobrimos totalmente como evitar a deterioração pelo calor, mas já temos alguns modelos e estamos explorando qual deles oferece o método mais eficiente", disse à AFP o pesquisador.
A proteína artificial que Takato e sua equipe usam foi desenvolvida pela Fujifilm, que tem estudado o colágeno  usado em filmes fotográficos.
Já que o material é modelado pelo colágeno humano e não deriva de animais, pode ser facilmente assimilado pelo corpo humano, reduzindo o risco de infecções. Takato disse que a equipe pretende começar testes clínicos para a pele impressa em 3D e, três anos depois, proceder aos ossos, cartilagens e articulações.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Descoberta borboleta rara que é metade fêmea, metade macho

http://hypescience.com/borboleta-rara-e-metade-femea-metade-macho/

Descoberta borboleta rara que é metade fêmea, metade macho


borboleta



Enquanto trabalhava como voluntário em uma exposição de borboletas na Universidade de Drexel, na Filadélfia (EUA), Chris Johnson, um engenheiro químico aposentado, se deparou com uma visão incomum: um inseto com duas asas direitas típicas de fêmeas de sua espécie – maiores e marrons com manchas amarelas e brancas -, e duas asas esquerdas como as de machos, menores e mais escuras, com toques de verde, azul e roxo.

“Eu pensei, alguém está brincando comigo. É muito perfeita”, disse Johnson. “Depois, tive arrepios”.


Johnson avistou a criatura enquanto organizava a câmara de pupas da exposição de borboletas, onde os insetos eclodem de suas crisálidas e casulos. “Abriu-se lentamente, e as asas eram tão dramaticamente diferentes que ficou imediatamente claro o que era”, conta.
Fotos do antes e depois da transformação de lagartas em borboletas

Johnson e seu supervisor, o coordenador da exposição David Schloss, isolaram o inseto, e mais tarde um especialista confirmou que ele era uma borboleta arquiduque (Lexias pardalis) com uma condição rara chamada ginandromorfia, o que significa que um animal possui aparência exterior com ambas características masculinas e femininas.

Isto é diferente do hermafroditismo, em que um organismo possui tanto órgãos reprodutores masculinos quanto femininos, mas tem características externas de apenas um gênero.

A condição é mais comumente observada em aves e borboletas, cujos sexos normalmente têm coloração muito diferente. Como a ginandromorfia pode passar facilmente despercebida em espécies em que os dois sexos são bem semelhantes entre si, os cientistas não sabem quão rara a condição realmente é.
Foto rara mostra borboleta e abelha bebendo as lágrimas de um jacaré

Ela pode ocorrer quando os cromossomos sexuais não conseguem se separar durante a divisão celular no desenvolvimento do organismo, um processo conhecido como disjunção. Como resultado desta falha, algumas das células do animal tem um genótipo feminino, e outras um genótipo masculino, dando origem a um animal “misto”.

A borboleta que Johnson encontrou é um membro de uma espécie pertencente à família Nymphalidae, que vive em florestas tropicais do sudeste da Ásia. Ela foi enviada em outubro de 2014 para os EUA, junto com um grupo de pupas de uma fazenda de borboletas sustentável na Ilha de Penang, na Malásia.

As diferenças entre machos e fêmeas de várias espécies resultam de um processo chamado de seleção sexual, em que um sexo (normalmente o feminino) seleciona parceiros com base na presença de certas características, que passam de geração em geração ao longo de milhares de anos. [LiveScience]


Foto Rara Mostra Borboleta E Abelha Bebendo As Lágrimas De Um Jacaré

9 gifs em timelapse que mostram cogumelos crescendo de forma impressionante

http://revistagalileu.globo.com/blogs/buzz/noticia/2015/01/9-gifs-em-timelapse-que-mostram-cogumelos-crescendo-de-forma-impressionante.html

9 gifs em timelapse que mostram cogumelos crescendo de forma impressionante

08/01/2015 - 14H01 - POR ANDRÉ JORGE DE OLIVEIRA


Dentre todos os reinos existentes na natureza, o dos fungos certamente é um dos mais fascinantes. Apesar de na aparência se assemelharem com as plantas, a biologia descobriu que eles compõem um grupo de organismos à parte, com características tanto animais quanto vegetais. Alguns dos mais comuns são as leveduras e os familiares cogumelos, corpos frutíferos que não costumam viver muito e que promovem a reprodução por meio de esporosdos chamados micélios. Estas estruturas em forma de guarda-chuva parecem brotar da terra e crescer da noite para o dia depois de uma boa chuva.
Mas como em muitos outros processos da natureza, nosso olho não consegue admirar em detalhes esse desenvolvimento - e para resolver o problema, nada melhor do que um timelapse. O pessoal do site Bored Panda fez um trabalho incrível e reuniu 9 gifs que mostram diferentes espécies de cogumelos brotando e crescendo de um jeito impressionante. Confira abaixo os timelapses:
O nosso preferido! (Foto: BBCWorldwide/Reprodução)
 (Foto: Youtube/Reprodução)
 (Foto: Youtube/Reprodução)
 (Foto: WANDERMENT/Reprodução)
 (Foto: Tumblr/Reprodução)
 (Foto: Youtube/Reprodução)
 (Foto: Youtube/Reprodução)
 (Foto: BBCWorldwide/Reprodução)

 (Foto: Adam4nt/Reprodução)

domingo, 11 de janeiro de 2015

Beijo é usado para testar e reforçar sistema imunológico do parceiro

http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2015/01/1570423-beijo-e-usado-para-testar-e-reforcar-sistema-imunologico-do-parceiro.shtml

Beijo é usado para testar e reforçar sistema imunológico do parceiro


De todos os comportamentos humanos, um dos mais curiosos é o beijo. Colocar a boca junto á de outra pessoa pareceu ser uma boa ideia em 90% de todas as culturas conhecidas, mas o comportamento é raramente visto em animais – até há algum contacto labial, mas nada que possa ser observado indiscretamente.
Alguns cientistas decidiram estudar o papel do beijo, como um gripo da Universidade de Oxford. Uma das principais descobertas é que a seleção de parceiros é mediada pelo beijo - os humanos parecem ter desenvolvido a capacidade inconsciente de analisar o sistema imunológico de um potencial parceiro sexual desta forma.


Diferentes estudos com voluntários têm mostrado que o nível da hormona oxitocina, relacionada com o afeto e o desejo, sobe quando encontramos um parceiro com um sistema imune significativamente diferente do nosso. Faz sentido: provavelmente, um eventual filho teria um sistema imunológico mais variado e, assim, provido de maiores recursos para se proteger de doenças.
Estudos semelhantes mostram também que os homens, especificamente, conseguem ainda avaliar instintivamente os níveis de estrogênio – e, portanto, de fertilidade – da mulher beijada, apontou Helen Fisher, professora da Universidade Rutgers, nos EUA.
Tal fenômeno ocorre também pelas feromonas, moléculas que o corpo utiliza para enviar informações via olfacto (o cheiro é criado pelo próprio corpo, ignore quem queira vender perfumes com feromonas que tornam qualquer um irresistível; simplesmente não funcionam).
Outra explicação foi apontada por um grupo de investigadores holandeses. As bactérias da boca têm um papel importante no sistema imunológico humano, e eles descobriram que, quando um casal se beija, troca 80 milhões delas em apenas dez segundos – assim o reportório de micróbios «do bem» de cada uma das partes fica cada vez mais variado e robusto.
Esta noção do beijo, como reforço do sistema imunológico, de um ponto de vista evolutivo, pode ter-se desenvolvido a partir de um comportamento comum no reino animal: a mãe que mastiga os alimentos antes de passa-los para a boca dos filhotes.
Até mesmo a «estratégia» de aumentar a intensidade do beijo aos poucos ajuda o corpo a «engrenar os motores imunológicos», e proteger-se, por exemplo, contra a citomegalovirus humano, que pode causar febre e dores.

Girafas 'dançam' com pescoços em foto tirada em parque no Quênia

http://g1.globo.com/natureza/noticia/2015/01/girafas-dancam-com-pescocos-em-foto-tirada-em-parque-no-quenia.html

08/01/2015 05h00 - Atualizado em 08/01/2015 05h00

Girafas 'dançam' com pescoços em foto tirada em parque no Quênia

Dupla de girafas parece fazer uma coreografia em parque queniano.
Movimentos harmoniosos são, na verdade, disputa por território.

Do G1, em São Paulo
Girafas parecem estar dançando, em foto tirada em parque no Quênia (Foto: Andrey Gudkov/Caters News)Girafas parecem estar dançando, em foto tirada em parque no Quênia
(Foto: Andrey Gudkov/Caters News)

















Em uma série de imagens feitas pelo fotógrafo especializado em vida selvagem Andrey Gudkov, duas girafas foram flagradas no que parece ser uma dança coreografada, com seus longos pescoços se entrelaçando e se inclinando de forma harmoniosa.
As fotos foram tiradas no Parque Masai Mara, no Quênia. Mas, diferentemente do que se pode imaginar, os movimentos graciosos não são uma dança, mas uma luta por território.
"Às vezes, esse comportamento é conhecido como uma dança, mas na verdade os dois machos estavam lutando para ver quem é o mais forte no grupo", diz Gudkov, acrescentando que esse tipo de disputa pode durar de alguns minutos até uma hora.
"É fascinante de observar e, ainda que eles estejam em batalha, são incrivelmente graciosos em seus movimentos. Geralmente, esse tipo de momento é muito interessante e é bem incomum deparar-se com isso na natureza." Gudkov diz que acha que é dever dos fotógrafos mostrar ao resto do mundo momentos impressionantes como esse.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Estudo acha mais sobrepeso infantil em comunidade do RJ que em SP

http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/01/estudo-acha-mais-sobrepeso-infantil-em-comunidade-do-rj-que-em-sp.html

05/01/2015 15h18 - Atualizado em 05/01/2015 16h36

Estudo acha mais sobrepeso infantil em comunidade do RJ que em SP

USP examinou crianças de comunidades carioca e paulistana.
Em SP, 27,8% estavam acima do peso ideal; no Rio, o índice foi de 55,7%.

Eduardo CarvalhoDo G1, em São Paulo
Obesidade infantil (Foto: Roos Koole / ANP MAG / ANP/AFP)Obesidade infantil é considerada uma epidemia mundial. Sobrepeso é o princípio da doença (Foto: Roos Koole / ANP MAG / ANP/AFP)
Levantamento feito com crianças e adolescentes de comunidades de baixa renda de São Paulo eRio de Janeiro apontou que o excesso de peso é maior entre os cariocas dessa faixa etária do que entre os paulistanos. A análise foi elaborada por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, a USP, dentro do programa Meu Pratinho Saudável.

Em outubro, especialistas examinaram 350 crianças e adolescentes da comunidade Cidade de Deus, no Rio, e outras 350 de Paraisópolis, em São Paulo. Todos passaram por aferição de peso, altura e circunferência abdominal.
A amostragem indicou que na capital paulista 27,8% dos avaliados estavam acima do peso ideal. Já no Rio de Janeiro, o índice chegou a 55,7% (mais da metade).
Em relação aos hábitos alimentares, 71% das crianças pesquisadas no Rio relataram o consumo regular de frituras, 70%, de doces e 76%, de refrigerantes. Em São Paulo, 75% dos pesquisados consomem muita fritura, 76%, doces e 80,5%, refrigerantes.
Elisabete Almeida, médica especialista em obesidade investiga com o programa, desde 2011, a obesidade infantil e o sobrepeso no Brasil. Segundo ela, as altas taxas detectadas nas comunidades pobres são preocupantes e indicam um descontrole nutricional maior na parcela mais carente da população. Para se ter ideia, a taxa média de sobrepeso em grupos de crianças e adolescentes de classe média é de 30%, no Rio de Janeiro e em São Paulo.
“Antigamente, essa população sofria de desnutrição. Hoje não tem mais isso. O aumento da renda das classes E e D tem feito as famílias comprar muitas ‘bobagens’ como congelados, salgadinhos de pacote, biscoitos recheados, refrigerantes, sucos de caixinha, achocolatados e etc.”, disse ela. “Isso indica que essa população é a que mais precisa de educação em alimentação, porque uma criança ou adolescente com sobrepeso é um indicativo de um possível adulto obeso”, complementou.
Epidemia preocupante
Segundo o médico Paulo Ferrez Collett Solberg, do Departamento de Endocrinologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, a pesquisa é uma amostragem muito pequena e seleta e, por isso, não é possível generalizar a comparação entre as crianças e adolescentes do Rio de Janeiro e de São Paulo. No entanto, ele afirma que essa amostra reflete o quanto a obesidade infantil está em alta no Brasil.
"O nosso estilo de vida está mudando. Ao mesmo tempo em que você combate a desnutrição, você aumenta o acesso a alimentos altamente calóricos, mas não saudáveis. Além disso, fazemos menos atividades físicas do que antigamente, ou seja, estamos mais sedentários. [A obesidade] é uma epidemia mundial", afirma Solberg sobre a obesidade.
De acordo com o Ministério da Saúde, um em cada três meninos e meninas de 5 a 9 anos está acima do peso normal para a idade. O fenômeno é grave também entre pessoas de 10 a 19 anos, faixa de idade em que o excesso de peso gira em torno de 20%.
Os médicos ouvidos pelo G1 concordam que é preciso estimular políticas públicas para combater a obesidade infantil, com a criação de campanhas educativas para controlar o ganho de peso, responsável por provocar problemas sérios como hipertensão, colesterol alto e diabetes.
Arte obesidade infantil (Foto: G1)
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Sol começa o ano com enorme 'buraco' perto do polo sul do astro

http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/01/sol-comeca-o-ano-com-enorme-buraco-perto-do-polo-sul-do-astro.html

03/01/2015 05h00 - Atualizado em 03/01/2015 05h00

Sol começa o ano com enorme 'buraco' perto do polo sul do astro

Buraco coronal é caracterizado por região mais escura.
Foto foi tirada por instrumento da Nasa em 1º de janeiro.

Do G1, em São Paulo
Buraco coronal é visto no polo sul do Sol no dia 1º de janeiro  (Foto: NASA/SDO/Divulgação)Buraco coronal é visto no polo sul do Sol no dia 1º de janeiro
(Foto: NASA/SDO/Divulgação)























O Sol começou 2015 com um enorme buraco coronal - região mais escura e de baixa densidade - perto do polo sul do astro. O fenômeno foi captado em 1º de janeiro por um instrumento  do Observatório de Dinâmica Solar da Nasa, agência espacial americana.
Segundo a Nasa, os buracos coronais são regiões da camada mais externa do sol, chamada corona, onde o campo magnético se estende para o espaço em vez de se conter na superfície do astro. As partículas que se deslocam ao longo desses campos magnéticos podem, então, deixar o Sol em vez de ficarem presas em sua superfície.
Enquanto as partículas que continuam presas na superfície brilham, as regiões em que as partículas escaparam para o espaço ficam bem mais escuras, com a aparência de um buraco.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Instituto cria 'bar' em hospital para testar droga contra abuso de álcool

http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/01/instituto-cria-bar-em-hospital-para-testar-droga-contra-abuso-de-alcool.html

02/01/2015 05h00 - Atualizado em 02/01/2015 05h00

Instituto cria 'bar' em hospital para testar droga contra abuso de álcool

Réplica de bar vai ajudar a checar se medicamento faz efeito.
Projeto é dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) dos Estados Unidos.

Da Associated Press
Garrafas de bebida têm em seu interior água colorida: réplica de bar insalada em hospital serve para testar droga para diminuir vontade de consumir álcool (Foto: AP Photo/Cliff Owen)Garrafas de bebida têm em seu interior água colorida: réplica de bar insalada
em hospital serve para testar droga para diminuir vontade de consumir álcool
(Foto: AP Photo/Cliff Owen)



















Parece um bar como qualquer outro: garrafas de tequila e de vodca enchem as prateleiras, a iluminação é fraca e, nas paredes, há pôsteres de bebida. Mas ele fica dentro de um hospital. Pesquisadores dos Insitutos Nacionais de Saúde (NIH) dos Estados Unidos criaram uma réplica de bar para testar um novo tratamento para ajudar pessoas que bebem muito álcool a diminuir o consumo.
A ideia é que, ao se sentar no bar-laboratório, o cérebro dos voluntários sinta vontade de beber, ajudando a determinar se o medicamento experimental é capaz de conter esse desejo.
Água colorida
A verdade é que as garrafas estão cheias de água colorida. O álcool de verdade fica fechado na farmácia do hospital e é usado para que os voluntários possam sentir o odor da bebida e para testar se a droga é segura caso as pessoas bebam depois de consumi-la.
"O objetivo é criar um ambiente quase do mundo real, mas controlá-lo de forma estrita", diz o líder da pesquisa, Lorenzo Leggio, que está testando como um hormônio chamado grelina, que instiga o apetite das pessoas por comida, também afeta o desejo por álcool, e se bloqueá-lo funciona,
Problemas relacionados ao abuso de álcool afetam uma parcela grande da população e apenas uma fração pequena recebe tratamento. Não há uma terapia que serve para todos e o NIH está estimulando uma busca por novas medicações que tenham como alvo os processos do cérebro envolvidos no vício.
"Alcoólatras vêm em muitas formas", explica George Koob, diretor do Instituto Nacional de Abuso de Álcool e Alcoolismo (NIAAA) do NIH.
Qual é o limite?
 George Koob, diretor do Instituto Nacional de Abuso de Álcool e Alcolismo (esq.) e Lorenzo Leggio posam para foto em bar-laboratório (Foto: AP Photo/Cliff Owen)George Koob, diretor do Instituto Nacional de Abuso de Álcool e Alcolismo (esq.)
e Lorenzo Leggio posam para foto em bar-laboratório (Foto: AP Photo/Cliff Owen)


















Mas qual é o limite? Segundo o NIAAA, beber com "baixo risco" significa não mais do que 4 doses em um mesmo dia e não mais do que 14 em uma semana para homens e não mais do que 3 doses por dia e 7 por semana para mulheres.
Os genes também têm um papel em determinar quem tem mais risco de abusar do álcool, assim como fatores ambientais.
Os tratamentos podem variar desde internações para reabilitação até terapia comportamental e há poucos medicamentos disponíveis hoje. Koob, que é especialista na neurobiologia do álcool, diz que geralmente é preciso uma combinação de várias estratégias e, em última instância, "você tem que mudar sua vida".
O hormônio que está sendo testado no bar-laboratório, a grelina, pode ter relação tanto com o consumo excessivo de comida quanto com o abuso de álcool. Em um estudo recente, voluntários receberam diferentes quantidades do hormônio e seu desejo de beber álcool variou de acordo com a quantia de hormônio consumida.
Agora, Leggio está testando se bloquear a ação da grelina levaria também ao bloqueio da vontade de beber álcool.