sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Para conter ebola, Cuba enviará mais 296 profissionais para Libéria e Guiné

http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/09/para-conter-ebola-cuba-enviara-mais-296-profissionais-para-liberia-e-guine.html

26/09/2014 08h29 - Atualizado em 26/09/2014 08h29

Para conter ebola, Cuba enviará mais 296 profissionais para Libéria e Guiné

Anúncio foi feito pelo governo em programa de televisivo.
Total de enviados para tratar epidemia na África foi de 165 para 461.

Do G1, em São Paulo
V2 - Entenda o ebola e suas consequências (Foto: G1)
O governo de Cuba anunciou nesta quinta-feira (25) o aumento de sua cooperação médica contra o ebola na África, ao ampliar de 165 para 461 o número de médicos e enfermeiros enviados para combater essa epidemia em Serra Leoa, na Libéria e na República da Guiné.
"Na Unidade Central de Colaboração Médica (de Havana), nesse momento, estão sendo preparados 461 voluntários", incluindo os "165 médicos e enfermeiros que viajarão para Serra Leoa", disse a diretora desse centro, Regla Angulo, em um programa da televisão cubana dedicado ao ebola.
Regla Angulo destacou que "as brigadas (médicas cubanas) estarão presentes em três dos países afetados (pelo Ebola): Serra Leoa, Guiné Conacri (República da Guiné) e Libéria".
Até agora, as autoridades cubanas haviam informado apenas o envio de um contingente de 165 médicos e enfermeiros para Serra Leoa, respondendo a um pedido da diretora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, e do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
Os profissionais de saúde estão recebendo um intenso treinamento no Instituto de Medicina Tropical Pedro Kourí (IPK), de Havana (IPK), onde foi instalado um hospital de campanha similar ao que encontrarão nos países africanos.
Balanço da OMS
O alastramento exponencial do surto de ebola, que agora já matou quase 3 mil pessoas no oeste da África, parece ter se estabilizado na Guiné, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) em seu balanço mais recente.
Segundo a agência da ONU, 2.917 pessoas morreram de ebola dentre 6.263 casos em cinco países do oeste africano afetados pela doença, até 21 de setembro. Mas uma calamitosa falta de leitos e a resistência de comunidades em algumas áreas contribuem para que a doença continue se espalhando, ao passo que os esforços para coletar mais dados revelam gradualmente uma epidemia ainda mais mortal do que parecia inicialmente.

Previsão de novas infecções
Mais cedo nesta semana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que o total de infecções pode chegar a 20 mil até novembro, meses antes que o previsto anteriormente. O Centro para Prevenção e Controle de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês) afirmou que entre 550 mil e 1,4 milhão de pessoas podem ser infectadas na região até janeiro se nada for feito.

O Banco Mundial anunciou na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) que dará US$ 170 milhões adicionais para reforçar a mão de obra e os sistemas de saúde em Guiné, Libéria e Serra Leoa. A entidade já havia aprovado US$ 230 milhões para estes países.

A presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, disse na reunião, por vídeoconferência, que seu país pode estar enfrentando seu maior desafio, enquanto o mundo levou algum tempo para poder responder adequadamente: “estamos reagindo”. O presidente de Serra Leoa, Ernest Bai Koroma, também apelou por mais ajuda internacional.

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