segunda-feira, 2 de junho de 2014

Elefantes têm três vezes mais neurônios que o homem

http://blogs.estadao.com.br/herton-escobar/cerebro-elefante/

Quinta-Feira 29/05/14

Elefantes têm três vezes mais neurônios que o homem

A distribuição dessas células no cérebro do paquiderme, porém, é completamente diferente da que se observa nos seres humanos, segundo estudo da UFRJ Herton Escobar / O Estado de S. Paulo Já imaginou o que aconteceria se você tivesse um cérebro do tamanho do de um elefante, três vezes maior do que o seu? Teoricamente, [...]

A distribuição dessas células no cérebro do paquiderme, porém, é completamente diferente da que se observa nos seres humanos, segundo estudo da UFRJ
FOTO: ELEFANTES AFRICANOS EM UM ORFANATO NO QUÊNIA. CRÉDITO: REUTERS/THOMAS MUKOYA
Herton Escobar / O Estado de S. Paulo
Já imaginou o que aconteceria se você tivesse um cérebro do tamanho do de um elefante, três vezes maior do que o seu? Teoricamente, sua capacidade de memória e aprendizado seria três vezes maior. E sua inteligência, quem sabe, também.
Isso, se a composição celular do cérebro dos elefantes fosse idêntica à nossa. Mas não é.
Segundo um trabalho que acaba de ser publicado na revista Frontiers in Neuroanatomy, a composição celular do cérebro do elefante é surpreendentemente diferente da nossa.  Apesar de ser três vezes maior e ter três vezes mais neurônios do que o cérebro humano, 97,5% dos 257 bilhões de neurônios do cérebro do elefante estão concentrados no cerebelo (uma estrutura que fica na base do cérebro, associada principalmente a funções de coordenação motora e equilíbrio), enquanto que o córtex, apesar de ter o dobro da massa, tem apenas um terço do número de neurônios do córtex humano (5,6 bilhões).
“A descoberta dá força à hipótese de que as habilidades cognitivas superiores dos seres humanos, em comparação com os elefantes e outros mamíferos de cérebro grande, estão relacionadas ao maior número de neurônios no córtex cerebral, e não no cérebro como um todo”, escrevem os pesquisadores, liderados por Suzana Herculano-Houzel, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ICB-UFRJ), que utilizaram uma técnica desenvolvida no Brasil para “desconstruir” o cérebro de um elefante africano e comparar sua composição celular à de cérebros humanos. O trabalho foi desenvolvido em colaboração com Paul Manger, da Universidade de Witwatersrand, na África do Sul.
Vale dizer que os elefantes não têm as mesmas habilidades cognitivas que nós, em termos de linguagem e raciocínio, mas são animais extremamente inteligentes e com uma “memória de elefante”, de fato, como se costuma dizer. Para um animal que tem apenas um terço dos neurônios que nós temos no córtex, eu diria que estão se saindo muito bem (melhor até do que muitos seres humanos)! Imagine só!
Para mais informações sobre a técnica usada no trabalho, veja:

Nenhum comentário:

Postar um comentário